Mais uma vez, não conseguimos vencer este prestigiado Torneio, bem as razões não sei, mas desde logo o que chama a atenção é que sendo o nosso Clube, na formação ou na Escola, um dos mais desenvolvidos e com condições extraordinárias para a aprendizagem, infelizmente há poucos nestas condições, não consegue superiorizar-se a clubes mais modestos, como o Ringe (vencedor das duas últimas edições) ou até o Boavista (vencedor este ano),mas deixo esta questão para os entendidos.
De qualquer maneira, já sei a resposta: O importante é a participação, bla bla bla….., então viemos participar, ok tudo bem, mas desculpem-me, eu não fico conformado, estou habituado, por formação clubística a participar em qualquer competição, seja ela o Torneio disto ou daquilo, qualquer campeonato onde esteja representado o FCP, ou até a Champions, vamos sempre para ganhar, somos um Clube que com o Mestre PEDROTO e com o nosso eterno PRESIDENTE, deixamos a «tremedeira» sempre que atravessávamos a Ponte D.LUIS, para trás definitivamente. Penso por isso que a nossa Escola (formação e Dragon Force) devem seguir esta linha vitoriosa, estarei equivocado?
A nossa participação foi meritória, ganhamos o primeiro jogo contra o Ringe, que este ano não apresentou a qualidade de anos anteriores, ganhamos o segundo jogo com alguma dificuldade ao Arcozelo que foi mais atrevido, mais rápido e até marcou primeiro, não sendo entendido de nada, pareceu-me que a equipa acusou algum cansaço, devido à carga de jogos acumulados, mas o querer dos nossos atletas acabou por resolver a contenda. No dia seguinte, já nos apresentamos fisicamente melhores e vencemos, já sem dificuldades a equipa do Fintas e seguimos para a Final do Torneio.
Ora bem, quem era o outro finalista? Já se sabia de antemão que seria o Boavista, pela qualidade que tem esta equipa, conhecida de todos nós e que até já tivemos oportunidade de a ver a jogar no Olival contra a equipa da Prof. Mara em jogo que antecedeu o nosso e as opiniões dividiam-se, uns mais conhecedores, diziam que não tínhamos a mínima hipótese, outros como eu pensavam « impossible is nothing», faltava jogarmos e no fim logo se veria. Reconheço a supremacia do adversário, mas o querer dos nossos atletas, a ambição, o querer ganhar foram registados por todos que presenciaram este encontro, sofremos dois golos muito consentidos, é preciso também aprender a jogar «mal”, quero dizer a aliviar a bola da nossa grande área e também aproveitar a meia distância, onde ontem Mário inconformado, fez o gosto ao pé, fazendo com que a equipe acreditasse, também é preciso ser mais objectivo no caminho da baliza, não se pode beneficiar de um livre no meio-campo adversário e atrasar a bola para o nosso guarda-redes, iniciando assim mais uma jogada de posse sem que se tenha tirado qualquer dividendo, mais ainda, é gritante o número de remates que efetuamos á baliza e assim não se marca golos, há uma jogada que caracteriza o que estou a dizer e passou-se no jogo contra o Arcozelo, que passo a relatar: Bruninho abre à esquerda para Rui Costa, que ficou em boa posição de rematar, mas endossou ao mesmo na entrada da área,este podia ter rematado, tinha a baliza em frente, mas não, assistiu Matheus que à boca da baliza acossado, seguiu com a bola para o lado direito passando ao João Pinto, e assim se perdeu mais uma jogada com selo de golo, com três oportunidades de remate com êxito perdidas, mas as substituições a 7 ou 8 minutos do fim, foi como se tivessemos atirado a «toalha ao chão», desistimos de discutir o resultado, antecipando o vencedor esperado.
Isto sem querer pôr em causa o valor e a qualidade dos substituídos e substitutos, tenho dificuldade em perceber como é que um jogador estando parado (sentado) no banco, entra a frio, sem ritmo competitivo, para responder às exigências do próprio jogo e tentarmos anular a desvantagem, quando esperávamos «toda a carne no assador» a minutos do final do jogo, entregamos o «ouro ao bandido». Só posso entender isto, porque conhecendo o Mister Pedro como o conheço, nunca até hoje deixou um atleta convocado, sem participar no jogo, entendo perfeitamente e acho justo, que um atleta que trabalhe bem durante a semana, tenha o seu prémio na participação do próprio jogo, mas no futebol a sério não é assim como todos sabemos.
Quero agora para terminar dizer que, em primeiro lugar sou uma pessoa vulgaríssima, sem qualquer tipo de formação futebolística, e que não percebe nada de futebol e muito menos no que toca a formação de jovens jogadores, em segundo que não me quero imiscuir no trabalho dos técnicos, respeitando todas as suas opções, porque sou o primeiro a reconhecer, a qualidade de trabalho que têm desenvolvido, isto é a frustração de um adepto, que por acaso é pai de um jogador, que não percebe nada de nada.
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